sábado, 24 de janeiro de 2015

Complexo do Curado se encontra em clima de calmaria após semana de rebeliões


Após uma semana agitada e violenta durante os motins ocorridos nesta semana no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, o primeiro dia de visita íntima aos presidiários na pós-rebelião teve uma movimentação tranquila. No entanto, a concorrência foi grande por parte das companheiras que, angustiadas, se aglomeravam em enormes filas nas três unidades que integram a maior penitenciaria do Estado.
Se presenciava ao entorno do complexo a cada momento mulheres chegando com sacolas contendo roupa e alimento para os seus companheiros. "Trouxe mudas de roupa e uma feira [com alimentos] que fiz para ele. A comida servida no presídio é péssima", comentou a esposa de um reeducando do Presídio Frei Damião de Bozzano.
Ansiosas pelo reencontro com os maridos, várias delas estavam sem contato com os detentos há dias, e as queixas das esposas eram inúmeras. "Todo fim de semana é assim, muita demora no atendimento, filas desorganizadas e muito empurra-empurra para entrar nas penitenciárias. É uma verdadeira confusão. Além disso, temos que passar pelo constrangimento das revistas, e mesmo assim, já presenciei mulheres entrando com drogas, bebidas e celulares escondidos nas partes íntimas", comentou a esposa de um detento em regime fechado no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB), que não quis se identificar.

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