Dentro e fora de campo, o Sport fez da Arena Pernambuco sua casa. No gramado, o Leão não fez uma grande exibição, mas jogou o suficiente para derrotar o Timbu por 1×0, no primeiro Clássico dos Clássicos de 2015. Nas arquibancadas, os rubro-negros foram maioria – vale lembrar que o time era mandante – no estádio e comemoraram a liderança da equipe no Campeonato Pernambuco. O Náutico demonstrou vontade na segunda etapa, mas só isso não é , não foi e dificilmente será suficiente para conquistar bons resultados. Polêmicas como o gol de Samuel e o gol – anulado – de Patrick também ajudaram a esquentar o confronto.
Ewerton Páscoa, pelo Sport, e Diego, no Náutico, foram os responsáveis pelos primeiros sustos do jogo. O zagueiro leonino quase complica a vida de Magrão em uma recuada que por pouco não parou nos pés de Josimar. Já o defensor alvirrubro perdeu o tempo da bola em dois lances, sendo obrigado a fazer uma falta que lhe rendeu um cartão amarelo.
Jogando em linha, a defesa do Náutico era presa fácil dos passes em profundidade dos rubro-negros. Em dois lances, a jogada não terminou com Danilo saindo na cara do gol porque o bandeira marcou impedimento.
Sem solucionar seu maior defeito na partida, o Timbu continuou oferecendo espaço para os avanços dos meias. Na base do “toque e passa”, Diego Souza entrou fácil na área e chutou forte de perna esquerda. Júlio espalmou e no bate-rebate Samuel estufou as redes. Os jogadores do Náutico reclamaram de falta no goleiro, mas o árbitro considerou a jogada legal.
A aparente tranquilidade por estar à frente do marcador fez o Leão diminuir o ritmo de jogo. Chamou o Náutico para o seu campo e apostou nos contra-ataques. Foram poucos até o final do primeiro tempo. O Timbu rodava a bola sem muita objetividade. Alguns cruzamentos em faltas laterais e um chute cruzado que percorreu toda a área sem que ninguém de vermelho e branco empurrasse para o gol. Pouco para conseguir a igualdade no placar.
Com Renê e Diego Souza, o lado esquerdo do Sport era um tormento para os alvirrubros. Outro que se sentia confortável encarando a atrapalhada defesa alvirrubra era Régis. No começo da segunda etapa, o camisa 10 teve a chance de ampliar o marcador, mas o chute dentro da grande área saiu raspando a trave.
A julgar pelo clássico, encontrar alguém que possa cuidar da criação de jogadas deverá ser uma das prioridades do Náutico para 2015. Tanto é que o principal momento de perigo do time saiu de um ataque quase perdido após justamente um erro na hora do passe final. Gaston recuperou a bola e tocou para o meio da área. Patrick Vieira ajeitou e Flávio mandou uma bomba por cima do gol.
Precisando incendiar a partida, Moacir Júnior sacou o apagado Bruno Alves para a entrada de Jefferson Nem. Na primeira chance, o meia chutou colocado para ótima defesa de Magrão. O Náutico cresceu em velocidade e energia. Dominou os minutos finais. Aos 45, Gaston desviou de cabeça e Patrick completou para o gol. O atacante, porém, estava impedido. O último suspiro do Timbu foi de lamento.
SPORT x NÁUTICO
Sport 1
Magrão; Vítor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely (Neto), Rodrigo Mancha, Danilo (Ronaldo), Régis (Elber) e Diego Souza; Samuel. Técnico: Eduardo Baptista.
Náutico 0
Júlio César; David, Flávio, Diego e Gaston Filgueira; João Ananias, Fillipe Soutto, Jefferson Renan(Patrick); e Bruno Alves (Jefferson Nem); Josimar e Renato (Guilherme). Técnico: Moacir Júnior
Local: Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)
Árbitro: Emerson Sobral
Assistentes: Elan Vieira de Souza e Francisco Chaves Bezerra Júnior
Gols: Samuel (26 do 1ºT)
Cartões amarelos: Diego, Gaston, Renato (N); Régis, Rodrigo Mancha (S)
Renda e Público: Não divulgados