Sai a bola, entra o paletó e a gravata. Por mais uma vez, o destino do futebol pernambucano está nas mãos da Justiça Comum da Paraíba. O cancelamento do jogo entre Botafogo/PB e Náutico, que estava marcado para ontem, traz consigo prejuízos bem mais amplos do que apenas a não realização da partida. O futuro da Copa do Nordeste ainda é incerto.
No último domingo, a juíza plantonista Lilian Cananéa, da comarca do município de Lucena, concedeu liminar revogando a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em interditar o Estádio Almeidão, em João Pessoa. Ontem, os organizadores do torneio regional tentaram reverter a situação e realizar o jogo em Goianinha, no Rio Grande do Norte. Mas a liminar permanece ativa e o duelo acabou sendo suspenso.
A decisão de liberar o Almeidão ainda pode ser alterada, já que o Tribunal de Justiça da Paraíba deve dar um parecer nas próximas horas. O grande problema de toda esta confusão está no calendário. Não existem datas suficientes para ficar remarcando os jogos. “A única saída que vejo é colocar o jogo (entre Botafogo/PB e Náutico) para a última rodada, respeitando o limite de 48 horas entre uma partida e outra. O Náutico terá que realizar três partidas em uma semana. Não temos data, não temos opção”, analisou o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho.
Ainda que Evandro tenha apontado uma solução, seria praticamente impossível transferir a partida para depois da última rodada. O Náutico enfrenta o Guarany de Sobral no dia 6 de fevereiro e volta a entrar em campo três dias depois, na primeira rodada do Campeonato Pernambucano. “Não posso mexer no Estadual. Também já notifiquei a CBF de que não quero que o clássico (deste domingo) seja adiado”, afirmou o presidente da FPF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário