quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Não há previsão para fim do trabalho em Santos, diz Corpo de Bombeiros


Segundo o órgão, foram detectados destroços em 13 pontos do bairro do Boquerão

O capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Marcos Palumbo, disse que a equipe deve permanecer por alguns dias no local onde caiu o avião em que estava o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da república, Eduardo Campos (PSB), na manhã desta quarta-feira (13), em Santos (SP), no bairro do Boquerão. De acordo com o capitão, foram detectados destroços da aeronave em 13 pontos da localidade, o que dificulta a localização e retirada dos corpos das vítimas e também da caixa-preta. No acidente, Eduardo Campos (PSB) acabou falecendo. Até o momento, nenhum corpo foi localizado ou retirado do local.
Delamonica/Futura Press/Estadão Conteúdo
Bombeiros devem permanecer por alguns dias no local onde caiu o avião em que estava Eduardo Campos
O Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Guarujá (SP). Nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveram, segundo o capitão.
“A previsão é de muito trabalho para buscar os corpos das vítimas e a caixa-preta. Será um trabalho exaustivo, possivelmente devemos passar alguns dias aqui”, disse à Agência Brasil. O técnico em instrumentação, Sérgio Shiroma, que mora em um prédio atingido pelos destroços da aeronave, relatou o momento do acidente. A avó dele e uma minha tia estavam em das casas mais afetadas pelo acidente.
“Foi só uma escoriação e o susto. Na hora, ouviram o barulho e a pancada, porque os escombros bateram nas costas da minha tia. Depois, elas não lembram de mais nada por causa do choque”, disse, acrescentando que o avião caiu no fundo da casa da avó, que tem Alzheimer, e destruiu o telhado. No momento do acidente, o técnico estava no prédio onde mora com a namorada.
“Foi um barulho muito forte. Nunca vi nada igual. Foi um tremor. Achei que o prédio ao lado estava caindo. Estava com minha namorada e saímos correndo. Eram muitos destroços, muito vidro e até cortamos o pé”, contou, que voltou ao apartamento para buscar itens básicos e vai ficar em casa de parentes. O prédio está interditado por tempo indeterminado.
A moradora Júlia Nagamini, tia de Sérgio, disse que a casa da mãe está totalmente destruída. Segundo ela, a mãe e a irmã que estavam no local “viram um clarão e ouviram um barulho”. 'Outro morador, Wilson Santos, que mora a 80 metros do local do acidente, contou o que ocorreu: “Foi um barulho muito grande na hora da explosão saí na janela e tinha muita gente correndo e muita fumaça. Fui tentar ajudar as pessoas de alguma forma na academia. Tinha gente machucada, mas com ferimentos leves porque pegou do lado”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário