Instituto de Criminalística diz que incêndio em cadáver de cabo foi criminal

Crime ainda não apresenta suspeitos

O inquérito que investigou a causa do incêndio ocorrido no cadáver do cabo reformado da Polícia Militar (PM), José Camilo Rodrigues (75 anos), foi concluído pelo Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC) nesta quinta-feira (29). De acordo com o IC, que realizou exames com base em amostras do lençol que estava enrolado ao corpo de José Camilo, as chamas que queimaram partes do corpo do cabo foram originadas de forma intencional e criminosa. Até o momento, não há informações sobre possíveis suspeitos e motivações para o crime. Uma sindicância foi aberta pela PM para investigar o caso.

Entenda o caso

No último dia 30 de abril, José Camilo Rodrigues faleceu no hospital da Polícia Militar do bairro do Derby, área central do Recife. Após tomar conhecimento da morte de José, familiares do cabo da PM saíram do hospital para comprar um caixão e providenciar trâmites legais para o enterro do familiar. No entanto, ao retornarem ao hospital da PM, os familiares acabaram descobrindo que o corpo de José havia sido incendiado no necrotério da unidade hospitalar.

Na ocasião, uma das filhas do cabo chegou a afirmar que, ao entrar no hospital em que seu pai estava, um funcionário do local teria lhe mostrado um outro corpo que não era o de seu pai. E, só após ela reclamar, teriam lhe encaminhado para reconhecer o verdadeiro corpo do parente.

José Camilo Rodrigues deu entrada na emergência do hospital da PM com quadro de infecção respiratória e foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva da unidade. No último dia 30 de abril, ele acabou morrendo em decorrência de complicações causadas por um câncer de pulmão.