sábado, 3 de outubro de 2015

Parentes de jovens assassinados por causa do nome buscam Justiça

Local onde os dois 'Damião' morreram por engano  (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)

Familiares ainda buscam justiça pelo assassinato dois borracheiros de nome Damião, no município de Iati, em Pernambuco, confundidos com outro suposto alvo também chamado Damião. Desde o crime, ocorrido no dia 28 de maio, a investigação policial segue sem conclusão e ninguém foi preso. "Já vai fazer quatro meses e nada é feito. Ninguém sabe o porquê. O que a gente sabe é que morreram inocentes”, afirma a agricultora Josileide Miranda Bastos, viúva do borracheiro Damião Virgínio.
O depoimento foi exibido no ABTV 1ª Edição desta sexta-feira (2), na última reportagem da série "As Sombras do Crime". De acordo com a Polícia Civil, Damião Virgínio e Damião Oliveira trabalhavam juntos em uma borracharia no município de Iati, quando algumas pessoas se aproximaram em um carro e efetuaram os disparos.A agricultora Josileide conta que a localização do terceiro Damião é desconhecida. "Quando os meninos estavam no chão, e já tinham socorrido o meu, ele [o suposto alvo] passou lá correndo e falou: ‘era pra mim’".Ainda segundo a polícia, testemunhas informaram que os criminosos estariam procurando por um outro homem que tinha o mesmo nome. O delegado titular do município de Iati, Elsimar Fraga, informou ao G1 que as investigações do caso estão ocorrendo em parceria com a polícia do estado de Alagoas. "A questão é que os homicídios foram cometidos por criminosos de Alagoas. O Damião que eles estavam procurando comercializava carros roubados e acabou vendendo para as pessoas erradas", destacou.
Família de Damião busca justiça, após crime em Iati (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
A polícia apura uma possível rede de compra e venda de carros roubados entre Pernambuco e Alagoas. "As investigações ainda continuam. Tentamos entrar em contato com os familiares do Damião que vendia os carros, mas tanto ele como os parentes não foram encontrados. O que queremos descobrir primeiro é onde os criminosos de Alagoas agem, para saber mais detalhes do crime", completou o delegado.


Outra agricultora também ficou marcada pela tragédia. Daniele Silveira Holanda é irmã de Damião Oliveira, o outro atingido pelos disparos. “Eles só levantaram para dizer que se chamavam 'Damião' porque eles não deviam. Tanto o meu irmão quanto o da minha cunhada, o marido, só viviam de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Chocou, né? É para traumatizar qualquer cristão”, ressalta Daniele.

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