A questão dos salários atrasados não é o único problema que atormenta o Náutico. Em meio à delicada situação financeira, o clube ainda sofre com dificuldades para construir o elenco e ainda resolver pendências com jogadores recém-saídos do clube.
Em entrevista coletiva concedida nesta manhã, o presidente Glauber Vasconcelos esclareceu o tema dos atrasos nos vencimentos e detalhou o processo de contratações e das dificuldades no trato com os atletas que não aceitaram permanecer no Timbu.
“Gostaria de dizer que já quitamos o mês de maio e o de junho ainda não pagamos. o Náutico tem 15 dias de salário atrasado e dez de direitos de imagem, mas estamos trabalhando para resolver essa situação”, explicou o mandatário alvirrubro.
“A gente enfrenta dificuldades, mas esse problema (dos salários atrasados) deve ser resolvido na próxima semana”, garantiu o superintendente executivo do clube, Carlos Lindberg Lins.
Ainda que o Náutico já tenha contratado um alto número de jogadores  neste ano – quase 40 – o presidente adiantou que o ciclo de contratações ainda não terminou. A prioridade é um meia armador. Além disso, o dirigente negou que o clube só traga apostas.
“Estamos contactando com outros clubes para trazer um meia, para dar uma maior dinâmica ao time. A gente está construindo um time a partir do goleiro. Nessa parte eu estou tranquilo, mas também estamos atrás de um zagueiro e estamos terminando de completar esse setor. Gostaria também de dizer que Mario Risso (zagueiro uruguaio) não é uma aposta. Tem muita experiência no futebol sul-americano”, ressaltou o presidente.
De acordo com Glauber, a situação do volante Auremir, revelado nos Aflitos e que acionou o clube na Justiça, é irremediável. “Tentamos conversar com ele inúmeras vezes, para que seguisse aqui, mas ele era irredutível. Para se ter uma ideia, William Alves (zagueiro) aceitou reduzir o salário pela metade. Auremir queria continuar no patamar salarial de uma Série A. Até gostaria, mas não tinha condições de pagar R$ 50 mil por um volante”, lamentou