domingo, 9 de fevereiro de 2014

BREJO DA MADRE DE DEUS TEM UM ROMBO FINANCEIRO POR PROMOVER CONCURSO EM 2012


A Prefeitura do Brejo da Madre de Deus, Agreste do Estado, sofreu rombo nos cofres públicos municipais para conseguir realizar concurso público em 2012. Para apurar esse e outros problemas, foi instaurada uma Comissão Permanente de Contas Especiais para averiguar as contas do órgão, já que muitas irregularidades foram verificadas durante a gestão do antigo prefeito, Edson Souza, de acordo com a procuradora municipal Anna Karollina Pinto Thaumaturgo. Edson teve o mandato cassado em 2013, ano que o novo gestor, Roberto Asfora, assumiu.
Iniciado em 2010, o processo de organização do certame foi adiado por dois anos, pois a empresa contratada para planejá-lo – o Instituto Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Estudo Educacional e Cultural (Ipedec) – foi autuada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) por fraudes em outras seleções. Mesmo assim, a instituição recebeu os valores das inscrições dos candidatos: uma quantia que soma R$ 315.960, montante não repassado ao município.
Em 2012, a administração contratou outra organizadora, a Advise (www.advise.net.br), porém, sem ter o dinheiro das inscrições, teve que pagá-la com recursos próprios.
No Diário Oficial da última quarta-feira (05), a promotora Anna Karollina notificou Edson Souza e o Ipedec a comparecerem à Prefeitura em um prazo de 15 dias para prestarem esclarecimentos. Ambos não receberam notificações pelos Correios. O primeiro não se encontrava na residência dele; o segundo mudou de endereço, mas não informou sua nova localidade.
“Quando Advise assumiu as inscrições feitas pelo Ipedec foram mantidas, mas o valor não foi repassado. Tivemos que arcar com os novos custos, mas não sabemos onde está esse dinheiro”, explicou Anna Karollina. De acordo com a jurista, o Ipedec iria ganhar R$ 80 mil pelo contrato de organização, valor que não chegou a adquirir.
“O objetivo principal é obter o ressarcimento do valor e descobrir o motivo de não ter entrado nos cofres da administração”, informou a promotora. Segundo ela, o município encontra-se negativado perante instâncias estaduais e federais. “Buscamos esclarecer os problemas encontrados, pois a cidade não consegue receber recursos financeiros para realização de projetos”,

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