sexta-feira, 14 de março de 2014

Agências dos Correios abrem normalmente nesta sexta-feira

Depois de 43 dias de greve, os Correios voltaram ao seu funcionamento normal nesta sexta-feira (14). Já as cartas e encomendas represadas devem demorar um pouco mais para chegarem aos seus destinos. Nas estimativas do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), cerca de 20 milhões de objetos estão com suas entregas atrasadas, o equivalente a dez dias de carga postal. As entregas devem levar entre 15 e 20 dias para serem normalizadas. A empresa deve confirmar a informação nesta sexta.
Segundo os Correios, o plano de continuidade instaurado desde o início da paralisação, que inclui realocação de empregados, horas extras e mutirões, deve seguir até a normalização das entregas. “Provavelmente, este primeiro dia será para a organização dos objetos atrasados. As entregas só devem iniciar na próxima segunda-feira”, comentou o presidente do Sintect-PE, Hállison Tenório. Os serviços de hora marcada (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje), que foram suspensos durante a paralisação, já podem ser solicitadas nas agências da rede.
De acordo com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que julgou, na última quarta-feira (12) o Dissídio Coletivo de Greve da categoria e declarou a paralisação como abusiva, os trabalhadores deverão compensar 27 dos 42 dias parados. “Essa compensação será feita de segunda à sexta-feira, mas ainda não foi definido como ela será feita. Se o trabalho ocorrer durante o fim de semana, os servidores terão direito à hora extra”, ressaltou o sindicalista. Os demais dias serão descontados em abril.
A greve dos funcionários dos Correios foi motivada por um impasse no plano de saúde. Desde o dia 1º de janeiro, o CorreiosSaúde, gerenciado pela empresa, virou Postal Saúde, regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo Tenório, a mudança foi feita sem a consulta à categoria. O TST se posicionou contrário às solicitações dos trabalhadores. “Em abril, nos reuniremos com os outros sindicatos que participaram da greve para decidirmos como iremos recorrer dessa decisão”, concluiu Tenório. 

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