segunda-feira, 30 de março de 2015

Carpina: Menino que nasceu sem pênis e ânus vive uma batalha diária pela sobrevivência

 Maria Lígia e José Aureliano, que é tio avô do menino, cuidam dele como um filho
É com uma renda mensal de aproximadamente R$ 350 que o catador de lixo José Aureliano Barbosa, 36 anos, sustenta a família e tenta dar continuidade à missão que tomou para si: cuidar do pequeno Davi Lucas Bezerra, de apenas 1 ano. “Lutamos todos os dias pela sua sobrevivência”, diz emocionado. A criança veio ao mundo prematuramente no dia 11 de março do ano passado, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), e desde então já passou por três sessões cirúrgicas para reverter seu quadro clínico. O garoto nasceu sem o órgão sexual masculino e também sem o ânus.
Por conta do problema, precisa de cuidados diários. A urina e as fezes de Davi saem e um buraco abaixo da barriga. Assim como o catador de lixo, a mulher dele, Maria Lígia da Silva, 40 anos, cuida da criança como um filho. Troca fralda e usa gaze e pomada para fazer a limpeza da abertura feita pelas médicas após nascimento, para que o menino pudesse sobreviver.
José Aureliano é tio avô de Davi, que antes vivia com a mãe, que é usuária de crack e ficava impaciente ao cuidar dele. Preocupados com a situação, o catador e a esposa acolheram a criança há oito meses em sua pequena residência de três cômodos, localizada no bairro do Cajá, no município de Carpina, na Mata Norte do Estado. “A mãe dele bebia e se drogava muito. Eu não podia ver aquela situação e não fazer nada para ajudá-lo, então resolvi acolhê-lo como meu filho, com o consentimento da mãe”, disse José Aureliano.

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