Os funcionários terceirizados que atuam no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, em Santo Amaro, área central da capital pernambucana, decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado. Os trabalhadores alegam que os salários estão atrasados há quase dois meses. A paralisação compromete os serviços de remoção e liberação de corpos. Ao todo, cerca de 56 funcionários cruzaram os braços.
“Infelizmente, a população vai ser prejudicada com essa paralisação. Mas esses trabalhadores representam famílias que estão em busca de seu direito”, afirma o presidente da Força Sindical, Rinaldo Júnior.
Os funcionários terceirizados atuam em três turnos e são responsáveis pelos serviços de remoção e liberação de corpos. A categoria afirma que há atrasos no repasse dos salários, ticket alimentação, vale transporte, além de pagamento das férias. Os trabalhadores também reclamam das condições precárias de trabalho.
“Trabalhamos oferecendo um serviço essencial para a população mas as condições de trabalho são totalmente insalubres. Às vezes, eu mesmo preciso comprar os equipamentos de proteção individual (EPI)”, afirma o maqueiro Álvaro dos Santos, 38 anos.
Com a paralisação, pelo menos 11 corpos estavam retidos no IML na manhã desta terça-feira (22). A categoria afirma que só retomará as atividades quando os salários foram pagos pelas empresas responsáveis pela gestão dos contratos.
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