Após seis meses estudando ouvindo especialistas sobre as causas do acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas, no dia 13 de agosto de 2014, as famílias do piloto Marcos Martins e do co-piloto Geraldo Magela estão convictas de que o caso deve ser julgado pela Justiça Americana. Além do fato da empresa Cessna, proprietária do avião, ser sediada nos Estados Unidos, o piloto e o co-piloto possuem cidadania americana, o que poderá facilitar a abertura do processo naquele país.
“Os dois tinham cidadania americana e foram treinados nos Estados Unidos. Para as famílias, o mais importante é provar que não houve falha humana, como foi sugerido no relatório preliminar das investigações. Por isso, estamos conversando com três escritórios americanos diferentes. Um em Nova York, um de Los Angeles e outro de Miami. Lá, é muito mais rápido e prático de ser feito”, explicou o advogado das famílias dos pilotos, Josemeyr Oliveira
Segundo ele, as famílias irão escolher um dos escritórios para assumir o caso, até o final do mês. “Depois disso, vamos tentar fazer uma reunião com as famílias de todas as vítimas, para apresentar a nossa estratégia. Queremos detalhar para eles a perspectiva desses levantamentos. Se eles tiverem interesse, como é o caso de Antonio Campos – irmão de Eduardo Campos – deu a entender, poderemos avançar juntos. Mas cada um tem liberdade para agir de acordo com suas convicções”, colocou o advogado, que disse ainda não ter conversado com Antônio Campos sobre o caso.
FALHA
Em carta, enviada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a esposa de Marcos Martins, Flávia Martions, comunicou a iniciativa de acionar a justiça americana. Com 16 páginas, o documento diz acreditar que o acidente foi causado por um erro de projeto da aeronave Cessna Citation. Segundo a tese levantada pelas famílias dos tripulantes, uma falha no estabilizador horizontal do avião teria provocado o movimento de “nose down” (nariz para baixo) sem que os pilotos fossem alertados. “Queremos mostrar que o avião se derrubou sozinho“, disse Josemeyr Oliveira.
Em carta, enviada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a esposa de Marcos Martins, Flávia Martions, comunicou a iniciativa de acionar a justiça americana. Com 16 páginas, o documento diz acreditar que o acidente foi causado por um erro de projeto da aeronave Cessna Citation. Segundo a tese levantada pelas famílias dos tripulantes, uma falha no estabilizador horizontal do avião teria provocado o movimento de “nose down” (nariz para baixo) sem que os pilotos fossem alertados. “Queremos mostrar que o avião se derrubou sozinho“, disse Josemeyr Oliveira.
A hipótese tem a contribuição do especialista em acidentes aéreos e piloto, Carlos Camacho. Na sua avaliação, a aeronave deveria ter emitido um sinal de alerta para que os pilotos não recolhessem os flaps nas circunstâncias em que se encontrava, o que pode ter ocasionado o acidente.
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