Aproveitando sua passagem pela Inglaterra, o governador Eduardo Campos (PSB) concedeu uma entrevista para a conceituada revista britânica The Economist – a mesma que vem criticando a política econômica do Governo Dilma Rousseff (PT) e que chegou a sugerir uma mudança completa na equipe que conduz a área em sua gestão. Aos ingleses, o socialista afirmou que a administração comandada pela sua provável rival na corrida sucessória do Palácio do Planalto, no próximo ano, são “de mero curto prazo” e criticou a política de aliança que sustenta a sua gestão.
“Algumas ações do governo são de mero curto prazo. O governo também passou a fazer parte de uma aliança política que já não representa a sociedade brasileira”, bateu Eduardo, frisando que intervenções necessárias para a melhoria do País acabam esbarrando nesse conjunto político. “Essas forças políticas não permitiriam que qualquer coisa que chegue perto de uma solução para os problemas estruturais do Brasil e dos serviços públicos”, disparou.
O governador Eduardo Campos também levou para a The Economist a preocupação que ele tem demonstrando pelas suas andanças pelo Brasil sobre a possibilidade de regressão das conquistas de governos anteriores, citando a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “No momento, corremos um sério risco de regredir”, atestou.
Com relação à capacidade do Governo Federal atrair investimentos estrangeiros, Eduardo disse a The Economist que a suposta falta de um planejamento a longo prazo e a ausência de regras claras diminuem o interesse desse tipo de investidor.
PERNAMBUCO
Durante a entrevista, a publicação inglesa destacou que apesar do crescimento apresentado por Pernambuco e pelo Recife nos últimos anos, o Estado e sua capital ainda exibem um número considerado de favelas. A revista, inclusive, destacou que críticos de Campos afirmam que ele poderia fazer mais para resolver esse problema.  Na sua resposta, o governador afirmou que gostaria de fazer mais, no entanto, ressaltou que muitos dos que o criticam são “herdeiros” de antigos administradores que foram negligentes no cuidado às pessoas mais pobres.