quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Diabetes: uma doença silenciosa e mortal

Nesta quinta, data é dedicada às ações de prevenção sobre a enfermidade


Ada descobriu que era portadora aos 14 anos. Apesar das injeções diárias de insulina, leva vida normal
A cada minuto, três pés e três pernas são amputados no mundo em decorrência da diabetes. A estatística impressiona e serve de alerta para a população transformar urgentemente os próprios hábitos. Por esses motivos, em 2014, a campanha de conscientização da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) está focada na prevenção e foi batizada de forma sugestiva “Diabetes: mude seus valores”.
O “convite” se dá diante da gravidade e do alcance da doença: ela afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o planeta. A estimativa é de que, até 2025, esse número aumente para 380 milhões. No Brasil, os dados também são alarmantes: entre 2000 e 2010, 470 mil pessoas morreram devido à doença. Em uma década, portanto, o número de casos anuais saltou de 35,2 mil para 54,8 mil, o que representa dizer que a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,7 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde.
Uma pesquisa encomendada pela SBD, no Recife, e em mais cinco capitais, revelou que 96% dos recifenses acham que o mal pode ser evitado apenas com a diminuição da ingestão de açúcar e doces. Cerca de 60% dos entrevistados afirmaram que não fazem atividade física e apenas 14% consomem frutas e verduras. A maioria dos participantes da pesquisa não reconhece que a prática de exercícios diários e a alimentação balanceada são indispensáveis na prevenção e tratamento da patologia.
“Já sabíamos, por experiência, que as pessoas fazem, muitas vezes, somente a relação do açúcar com o diabetes, desvalorizando a importância do estilo de vida saudável. Os dados revelados pela pesquisa são uma comprovação científica deste desconhecimento”, pontuou a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, em Pernambuco, Geísa Macedo.
A crescente urbanização, o sedentarismo, a obesidade, a hipertensão arterial e os antecedentes familiares são alguns dos fatores de risco que levam um indivíduo a adquirir a doença. Entre os cuidados para se prevenir, estão a mudança de estilo de vida, aumento da ingestão de fibras e a prática diária de atividade física regular. “A alimentação é um pilar no controle do diabetes. Cada plano alimentar está baseado na individualidade do paciente, mas um ponto importante verificado, e que irá ajudar a definir a dieta, é o tempo de doença”, afirmou a nutricionista Conceição Chaves.
Aos 14 anos, Ada Valéria Rodrigues - que hoje tem 26 - descobriu que era portadora do diabetes tipo 1. “Comecei a comer demais, emagreci a ponto de ficar com 30 quilos e a tomar muita água. Além disso, minha visão ficou turva e passei a urinar com mais frequência”. Diagnosticada e assistida, hoje leva uma vida saudável: é mãe de um bebê de 10 meses, e lida com a doença de forma tranquila. “Sou acompanhada pela minha médica, mas não faço nenhuma dieta, pois controlo as quantidades dos alimentos que como”, conta ADA alimentação controlada e nas hora certas   .

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