Atletismo é a decepção do Brasil em Toronto

Neste sábado, penúltimo dia de provas de atetismo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, o Brasil conquistou duas suadas medalhas, o bronze de Vanessa Spinola no heptatlo e a prata no revezamento 4×100 metros masculino, após a desclassificação da equipe canadense.

Com isso, o atletismo nacional chegou a 13 medalhas somadas nesta edição do evento, sendo apenas um ouro, seis pratas e outros seis bronzes. O rendimento fraquíssimo do País acende o alerta máximo para o trabalho que vem sendo feito na modalidade, afinal, a queda em relação ao último Pan, Guadalajara-2011, foi enorme. No México, só de ouros foram dez medalhas.

Vale ressaltar ainda que o Brasil não briga diretamente com as potências mundiais há algumas temporadas. Nas Olimpíadas de Londres-2012 e no Mundia de Atletismo de 2013, por exemplo, a delegação passou zerada, sem nenhuma medalhinha. É importante frisar que o atletismo é a modalidade que mais distribui medalhas em Olimpíadas (141 no total) e, portanto, sempre faz diferença no quesito classificação geral.

Outro aspecto importante é que o único ouro do Brasil no Pan de Toronto, com Juliana dos Santos nos 5.000 metros (15:45.97), não chega nem perto das principais marcas mundiais. Ou seja, não é uma referência para outras competições.

A exceção na delegação de atletismo que competiu em Toronto é Fabiana Murer, prata no salto com vara em uma prova que, sim, teve alto nível. As atuas campeã e vice olímpicas (Jennifer Suhr, dos EUA, e Yarisley Silva, de Cuba) participaram e as marcas estiveram dentro do que vem sendo atingido nas etapas da Copa do Mundo (entre 4.75 metros e 4.85 metros).

ESTRUTURA

Um aspecto que tem chamado atenção é a quantidade de atletas reclamando das estruturas de treino para o atletismo, a maioria criticando as instalações do Rio de Janeiro, inclusive, sede das Olimpíadas de 2016. Foram feitas críticas ainda à falta de apoio dada aos atletas e treinadores, deixando nas entrelinhas possíveis falhas da Confederação Brasileira (CBAt).

 MUNDIAL 

Uma boa oportunidade para avaliar o nível do Brasil no âmbito internacional será o Mundial de 2015, entre os dias 22 e 30 de agosto, em Pequim, na China.