quinta-feira, 23 de julho de 2015

Conselho Distrital critica silêncio do governo Câmara

A indefinição sobre o futuro do comando da administração do arquipélago de Fernando de Noronha deixou insatisfeito o presidente do Conselho Distrital da Ilha, Arthur Cândido, que cobra mais atenção do governador Paulo Câmara (PSB) às reivindicações dos moradores. Após a saída do advogado Reginaldo Valença do comando do distrito, o dirigente afirma que os representantes locais não foram procurados pelo Palácio do Campo das Princesas. A principal crítica é que os processos relacionados à administração estariam parados e que o administrador interino, Alexandre Campelo, não é conhecido pelas lideranças locais.
“Era dever do Governo do Estado comunicar o Conselho sobre a decisão. Nós soubemos através dos jornais. Eu tenho certeza que o bom senso é conversar como conselho. Sabemos do momento que o País passa, mas é preciso um olhar especial para Noronha. A Casa que pode falar por Noronha é o Conselho”, cobrou Cândido.
Arthur Cândido sustenta que a Lei Orgânica do distrito determinaria que ele deveria assumir o cargo de administrador na saída de Reginaldo Valença. “A lei é maior do que qualquer vontade e ela determina que o presidente do conselho assuma”, garante. Procurada pela reportagem, a assessoria da Administração de Fernando de Noronha negou a versão do dirigente. De acordo com a lei n° 11.304, de dezembro de 1995, no caso de vacância do administrador geral por renúncia assumirá o posto o administrador geral adjunto, em caráter provisório.
Enquanto o novo comandante da Ilha não é definido pelo governador Paulo Câmara, o presidente critica as condições da Ilha que, segundo Cândido, possui problemas que precisam do olhar do Palácio das Princesas. Ele cita o déficit habitacional e a revisão do Plano de Manejo, que redefine a ocupação da Ilha, como os principais problemas enfrentados pela população local.
“Está na hora do governo olhar para nós. Noronha precisa de moradia, combater o déficit habitacional. Também é preciso agilizar a revisão do Plano de Manejo. O Governo do Estado tem que ficar com a área de Proteção Ambiental. Ninguém melhor que os moradores da Ilha para debater este assunto”, avaliou.
Em relação à possibilidade de pleitear sua indicação para o comando do órgão junto ao governador Paulo Câmara, Arthur Cândido relata que deixará o gestor à vontade. A liderança pondera que apoia e faz parte da base do socialista, mas que defende melhorias para a Ilha.

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