domingo, 26 de julho de 2015

Clima do Nordeste não é favorável à novidade

Bom para eles, péssimo para nós. Embora sejam vários os elogios para os jogos às 11h, os profissionais do esporte alertaram para as dificuldades de adaptar esse novo modelo às partidas que realizadas no Nordeste. O clima é o principal entrave que impede a região de receber confrontos no turno da manhã.
Inaldo Freire, fisiologista do Sport, explica que atuar no período matutino é mais vantajoso do que pela noite. Mas isso só cabe para as partidas que acontecem no eixo Sul-Sudeste. “O atleta está mais adaptado ao horário das 11h do que às 22h. Nós já treinamos normalmente pela manhã e no início da tarde, por isso não causaria nenhum transtorno jogar mais cedo. A temperatura ideal para se praticar atividade física gira em torno de 18 a 25 graus Celsius. Jogamos assim contra o Avaí e Santos. Os atletas não sentiram nenhum desconforto físico”, argumentou.
Mas o que aconteceria se Recife recebesse um jogo às 11h? “Seria coisa de doido. Não temos condições de jogar nesse horário porque a temperatura aqui ficaria em torno de 32 graus Celsius. O atleta teria muito desgaste físico. Ele poderia sofrer de hipertermia (elevação da temperatura corporal) e de hiponatremia, transpirando muito e perdendo uma quantidade grande de sódio. Isso podia provocar até mesmo a morte súbita. Aqui não tem a menor condição”, completou.
Os técnicos que trabalham no futebol pernambucano corroboram com Freire. “A ideia é muito boa, principalmente pelo lado financeiro. Mas aqui aumentaria o risco de desidratação”, afirmou o treinador do Sport, Eduardo Baptista. “É bom para o Sul, mas aqui, em Goiânia e até mesmo no Rio de Janeiro não há condições”, revelou o comandante do Santa Cruz, Marcelo Martelotte. “É um programa legal para o fim de semana, mas no Nordeste fica complicado por conta do clima”, relatou o técnico do Náutico, Lisca

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