segunda-feira, 1 de junho de 2015

ONG Amigos do Trem quer reacender o turismo ferroviário na Zona da Mata Norte


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Para reavivar o charme e o saudosismo que pairam sobre trilhos construídos em 1879, e levar à Mata Norte uma atividade que pode transportar milhares de pessoas e movimentar mais de R$ 1 bilhão por ano, a ONG Amigos do Trem realiza o trabalho de limpeza da malha a cada 15 dias. Com a ajuda de ferramentas manuais, os membros vão abrindo espaço para 60 quilômetros de ferrovia. “Na realidade, estamos fazendo uma fiscalização voluntária de um patrimônio que é nosso e tem um potencial incrível capaz de mudar a realidade de cidades inteiras”, comenta o diretor regional da ONG em Pernambuco, André Cardoso.
Nas próximas semanas, o trabalho deve ficar menos pesado. A organização vai contar como apoio da Transnordestina Logística S.A., concessionária da malha ferroviária. A TLSA também cedeu um auto de linha – espécie de carro sobre trilhos – que vai ajudar a abrir caminho mais rápido para o turismo ferroviário. “Ainda contamos com a parceria do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Junto a esses parceiros pretendemos ter a cessão de composições que possam ser recuperadas”, explica Cardoso.
A escolha pelo trecho se deu de forma natural. Das três principais linhas que formavam a malha ferroviária de Pernambuco, ligando-o a outros Estados do Nordeste, o ramal é o que ainda apresenta melhores condições para o tráfego de trens. “Esse trecho da Mata Norte tem excelentes perspectivas turísticas, pois passa a lado da Igreja de São Severino dos Ramos e pela belíssima estação de Paudalho, recém-inaugurada”, afirma o fundador da Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC), Anderson Pacheco.
Para Pacheco a iniciativa da ONG deve “acordar” os governos para a atividade econômica. “No Sul e Sudeste o turismo ferroviário é algo forte, com excelente retorno econômico. Não há dúvidas de que com implantação dessa atividade teremos uma Mata Norte diferente”, aposta.

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